Religiosos são cristãos que gostam muito de Deus e querem dedicar sua vida toda a ele e aos irmãos. Os religiosos dedicam-se também, de acordo com os dons de cada um: ao anúncio do Evangelho pelas mais diferentes formas; a luta pelos direitos humanos e pela justiça; a formação e animação de comunidades; ao serviço missionário; ao serviço litúrgico…
Lembrando-se de Jesus que disse: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles” (Mt 18,20), os religiosos reúnem-se em comunidades e procuram se amar como se fossem uma família. Acontece, porém, que os religiosos não se escolhem para morar juntos. São pessoas de temperamentos diferentes, idades, culturas, regiões e até países diferentes que passam a viver como irmãos! Você já pensou colocar um grupo de homens ou de mulheres morando numa mesma casa, sem que eles se escolham, e depois combinarem e viverem felizes? É um sinal do Reino ou não? Por aí se vê que não é para fugir do mundo que os religiosos entram no convento, mas, ao contrário, para testemunharem a fraternidade entre si e irem ao encontro das pessoas. Só que de uma forma diferente: Amando-as por causa de Deus.
Os religiosos (as) fazem votos de pobreza, obediência e castidade. Por quê? Para imitarem a Jesus mais de perto nesses três aspectos: Pobreza, Obediência e Castidade. Vejamos um pouco mais sobre cada um desses votos:
Pobreza: o voto de pobreza não é nada mais que um compromisso de partilha em todos os níveis: intelectual, profissional, de dotes, de cultura etc. É também a intenção de empregar os bens materiais para a construção do Reino de Deus.
Obediência: obedecer, em última análise, é colocar-se nas mãos e no coração de Deus. É renunciar radicalmente a qualquer dominação sobre o outro. A obediência não é o voto que confere o poder, mas que o tira. Daí, aceitar ser parte, cooperar, estar com o outro. A obediência é o grande voto que constrói a união da comunidade!
Castidade: Jesus também não se casou. Ele podia muito bem ter-se casado, mas não quis, para poder ser mais disponível a todos os que precisassem dele. Uma vez ele explicou que há pessoas que não se casam para poder dedicar-se mais ao Reino de Deus. Mas depois acrescentou: só entende isso aquele a quem é dado entender (Mt 19,12). Isto é, só entende aquele a quem Deus dá este carisma, esta vocação.
Alguns jovens querem tornar-se religiosos como sacerdotes. São padres e também religiosos. Vivem em comunidade e fazem parte de uma Congregação religiosa. Há outros jovens que querem ser religiosos como irmãos. Vivem também em comunidade, fazem parte de uma congregação religiosa sem serem padres. Assim, numa mesma congregação, há padres e irmãos que vivem juntos, cada um desempenhando sua missão e juntos testemunhando o Reino de Deus entre os homens.
E há também as religiosas. São aquelas moças que sentem o chamado de Deus a deixar tudo e colocar-se inteiramente a serviço dos irmãos mais necessitados. Essas moças na congregação que escolhem vão receber uma preparação adequada para posteriormente consagrarem a vida a Deus como religiosas. São irmãs ou freiras.
Adaptado de http://paulinos.org.br/novo/blog/?p=76